Tenho dúvidas que pensar profundamente, ou seja, buscar informações seguras e processá-las para fazer juízo de determinada coisa com o intuito de maximizar os conhecimentos seja o que todos fazem.
O Brasil está fervendo! As pessoas indignadas defendem este ou aquele! Mas hoje proponho uma meditação para saber se possuímos embasamento para sustentar a tese da situação ou oposição. Nesta reflexão pouco importa o lado que você está, pois o primordial é não ser classificado como “maria vai com as outras”, mas saber apresentar as motivações que o levou a tomar este ou aquele posicionamento. Obviamente que justificar como fazem as crianças que dizem “por que de sim” não é uma resposta aceitável.
Você já parou para ouvir com atenção as alegações da outra parte ou simplesmente ataca e nem a permite que conclua as argumentações? Ouvir não é consentir, mas respeitar as opiniões divergentes e mais que isto, avaliar se tem pontos em comum e tentar compreender o que sustenta as posições antagônicas.
Lembro-me que quando era bem mais jovem defendia e votei num candidato a presidência da república que hoje, com muito mais informações, sei que trata-se de uma pessoa indecente, corrupta, ladra e como administrador não é como se propagava. Talvez se naquela época eu tivesse dado ouvidos às argumentações dos adversários poderia ter mudado de opinião.
Quando participamos de um processo de debate em reunião do condomínio, da associação de classe, na igreja, no trabalho ou outro lugar qualquer analisamos cuidadosamente todas as propostas para depois formar a opinião ou para votar, ou espera para ver como a maioria faz e segue a grande massa? Infelizmente esta atitude é praxe das pessoas ignorantes, não no sentido ofensivo, mas pela falta de conhecimento.
Não é admissível tomar lado de uma questão sem antes analisar todas as propostas. Mas também não é possível querer ajudar a classe ou o mundo se não está, verdadeiramente, decidido a envidar esforços para ampliar o conhecimento. Não se alcança o conhecimento só conversando, só lendo, só trabalhando, só pesquisando, mas o conquista com o trabalho em equipe conversando, lendo, trabalhando e pesquisando. Quem investe neste conjunto de ações em prol de uma causa terá grandes possibilidades de atingir, mas será necessária muita persistência.
Percebo que todos querem ou desejam conquistar muitas coisas, mas quando é necessário dedicar – não dinheiro – tempo de estudo e reflexão profunda, estou incerto que há significativa parcela da população que se dispõe fazer isto.
Concluo, por fim, que o ser humano é o único ser vivo que habita o planeta Terra que foi dotado da capacidade de pensar e desenvolver os conhecimentos, mas nem todos se interessam em fazer uso, verdadeiramente, deste potencial que pode mudar o mundo. Conquistar bens pode trazer algumas realizações, mas buscar o conhecimento é muito gratificante, especialmente quando depois se pode oferecer aos demais.
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